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Uma breve reflexão sobre a política

  • Foto do escritor: Dione Castro
    Dione Castro
  • 4 de out. de 2016
  • 2 min de leitura

Não há dúvidas que um município tende a ganhar com uma política sóbria. E o que quero dizer com isso? Etimologicamente, o termo política deriva-se do grego politikos, consequentemente este originou-se da palavra também grega polites, que por sua vez é fruto de polis. Este, como todos sabem significa cidade, e aquele cidadão. Para entendermos determinados assuntos é preciso enxergar uma origem, um fluxograma.

Tendo em vista nosso momento atual, percebe-se uma forte influência de pensamentos partidários, e o efeito chega ao cidadão de modo a ser o único meio de fazer-se política. Entretanto, como expõe alguns cientistas políticos e filósofos contemporâneos, a política partidária é apenas uma das inúmeras formas de agir em comunidade.

Sem dúvida alguma, o partido político tem seu papel fundamental no Estado Democrático de Direito, vendo que existe – ou deveria existir – uma ideologia fundada a nortear o caminho dos homens aos quais decidem pela vida pública. Obviamente que exponho um papel teórico, na prática não é bem assim. Entende-se que existe uma dificuldade maior em corromper um ideal partidário, ou seja, deixar levar seu interesse particular ao invés do coletivo.

Aliás, isso é uma das sustentações da não aplicação do Distritão na proposta de reforma do sistema político brasileiro (veja matéria para entender: http://www.cartacapital.com.br/politica/reforma-politica-entenda-o-distritao-2430.html), além de enfraquecer os partidos pode acarretar uma maior evidencia de corrupção. Não posso negar que o sistema eleitoral proporcional é bem complexo aos olhos da sociedade, observando que muitos ao exercer o voto, via de regra, o fazem erroneamente pensando no candidato ao invés do partido.

Interpretações a parte, existe uma grande dificuldade no meio social de falar-se sobre política fora do período eleitoral. Não há preocupações em fazer um debate profundo sobre problemas como saneamento básico, moradia, retirada de matérias humanas do ensino público, criminalidade, drogas, saúde, inclusão e etc., sem que indague de qual lado está. Caso seja de formação diferente do “oponente” finaliza-se o debate e parte para agressão. Seja ela verbal ou corporal.

Prova disso é a intolerância em redes sociais que está cada vez mais evidente. Este reflexo parte para as ruas quando as emoções (seja pela derrota ou vitória) advêm de atos reprováveis como xingamentos, formação de grupos opostos feito bárbaros da era do império romano. Devem-se haver conflitos de idéias a todo instante, e não confronto. Confrontar-se é chocar-se com o outro.

Sabe-se que, é nos conflitos de ideais que há a sonhada evolução. Soluções superficiais com efeitos mediáticos não resolvem problemas submersos. Ou seja, confrontos ligados em assuntos (direita ou esquerda, vermelho ou amarelo, coxinha ou mortadela entre outros) não evoluem o jovem. Pesquisas indicam que o jovem atual está cada vez mais interessado em assuntos políticos, mas outra questão que preocupa é que não sente orgulho do local em que vive.

Precisa-se observar tal questão, para atacar essa descrença. Observa-se, se partir do princípio que o futuro de amanhã são os jovens de hoje, deve-se “injetar esperança” em nossos meninos e meninas. Portanto, é preciso exercer outros atos na comunidade focados na ideia de bem comum pregado nos pensamentos republicanos. Ser um cidadão participativo é um bom início para ser “sóbrio” ao invés de apenas servir a um partido.

 
 
 

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